30 de dezembro de 2010
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Conto de ano novo: Quero meus direitos de volta!

Enquanto olhamos para fora, para a crítica da mídia, do sistema, do planeta, do isso e do aquilo, quem sabe, não estejamos, antes de tudo, mascarando os direitos mais profundos e internos de nossa própria vida, aquilo sobre o que podemos decidir sobre nós mesmos, antes de decidirmos sobre o que existe fora de nós.

Não sou contra a luta social, muito pelo contrário. Na juventude fiz passeatas, participei de greves, vesti camisas, me arrisquei a perder o emprego, mas não deixei por menos: fiz. Não me arrependo, era a hora de fazer e até me orgulho disso.

Mas há direitos que não podemos deixar de resgatar se os perdemos… e isso acontece com uma indescritível freqüência, um direito que nos foi dado, quando viemos ao mundo. Na maioria das vezes, o perdemos no bulício do cotidiano, da juventude, do trabalho, dos vieses da vida. Deixamos de lado a voz de nosso coração, somos racionais, práticos demais… ou somos excessivamente emocionais, apaixonados, impulsivos. Tudo certo. Tudo válido. Mas, muitas vezes, acabamos perdendo nosso rumo interior, na medida descompassada da mente e do coração.

Sempre tivemos os mais importantes dos direitos: os direitos que asseguram nosso livre arbítrio. Mas, quase sempre, nos esquecemos de que eles existem com a finalidade única e imprescindível de nos tornarmos aptos a lutar por nossa saudável felicidade.

O que me faz escrever isso hoje é uma soma incalculável de mostras de tanta infelicidade a minha volta, tanta dor, às vezes, tanto sofrimento interior. Também das minhas dores, não me excluo disso. Mas talvez esteja mais consciente agora do que antes.

E é por isso mesmo que faço um convite, por que não? Não há nada a perder, pelo contrário!

Se as coisas não andam como você deseja, que tal fazer uma passeata interior, entrar em greve de “vida” e gritar para você mesmo ou mesma:

QUERO MEUS DIREITOS DE VOLTA!

O melhor da história é que eles estão ao seu alcance, é só você se dar conta disso… e tomar as atitudes corretas. Quem sabe, sua vida dê uma reviravolta saudável a partir daí e, se você não está bem, é hora de começar a escrever o seu novo conto, seu verdadeiro conto de vida.

Muitas vezes, a mudança nem se dá no cotidiano exterior. O mais importante é o que vai na sua alma. Outras vezes, a mudança é mesmo total e muda tudo: o de fora para mudar o de dentro. Foi assim que aconteceu comigo. Mas não importa qual seja o seu caminho. Você veio com o direito de ser feliz. O problema é saber encontrar como… e… quem sabe, é bem mais fácil do que você imagina. Simplifique. A grande e maior sabedoria é tão simples que, muitas vezes, não conseguimos alcançá-la!… Não se iluda, ouça sua voz interior. Seja fiel a ela. É uma boa pista. Talvez a melhor.

Tente. Quem sabe a felicidade esteja a sua porta, na porta interior de sua alma. Ninguém usurpa os direitos de alma de ninguém. Se não os tem, ou melhor, se não os percebe vivos, faço este convite, de amiga, de mãe, de irmã, de alguém que te quer ver feliz porque também lutou por preservar a própria felicidade.

Lute por você: tenha seus direitos de volta!

Lutar por eles foi, um dia, o mais importante e verdadeiro conto da minha vida.

 
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