4 de outubro de 2012
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Os Princípios do Reiki – Shinpai suna (não se preocupe)

Neste mês, continuaremos a publicação dos princípios do Reiki. Se  você gostaria de ler, antes, os artigos já postados nos meses passados, sobre os princípios, clique em:

a) Para o artigo introdutório:

http://www.portaldereiki.com.br/blog/2012/08/os-principios-do-reiki/

b) Para ler sobre o primeiro princípio: Ikaru na (não se zangue):

http://www.portaldereiki.com.br/blog/2012/08/os-principios-do-reiki-ikaru-na-nao-se-zangue/

Este mês:

Shinpai suna (não se preocupe)

Como indica a própria etimologia da palavra, preocupar-se é antecipar uma ocupação. Em outros termos, sentir ou viver por antecipação. É verdade que não devemos ser imprevidentes, ocupar-nos exclusivamente com o dia de hoje, irresponsavelmente. A preocupação, no entanto, geralmente traz desequilíbrios emocionais desnecessários. Muitas vezes, a causa de nossas preocupações é inconsistente. Ocupamos nossas mentes com fatos ou medos do que pode ocorrer em relação a um determinado assunto e, muitas vezes, nossa preocupação é em vão.

Costumo dizer que quem se preocupa sofre sempre duas vezes: a primeira por antecipar o sofrimento e, a segunda, por encará-lo, de fato, quando ocorre ou, então, por preocupar-se desnecessariamente, quando percebe que o motivo da preocupação não se concretizou. Neste caso, sofre pela segunda vez, também, por ter sofrido por antecipação desnecessariamente.

Chopra (2003, 102) cita pesquisas nas quais estudiosos examinaram pessoas que se queixavam de aflição. Descobriram que elas apresentavam alto e anormal nível de substâncias químicas (epinefrina e norepinefrina) em seus cérebros e glândulas supra-renais. Além disso, foram encontradas, também, grandes concentrações das mesmas substâncias nas plaquetas do sangue, o que demonstrava que elas teriam ‘células sangüíneas aflitas’. Assim, as constatações apresentadas pelo autor, corrobora a idéia de quanto podem ser prejudiciais pensamentos recursivos.

Do mesmo modo, o autor fala de emoções positivas:

“no mesmo instante em que você pensa ‘sou feliz’, um mensageiro químico transforma a sua emoção, que não tem nenhuma existência sólida no mundo material, numa partícula de matéria tão perfeitamente afinada a seu desejo que todas as células de seu corpo literalmente ficam sabendo dessa felicidade e a compartilham” (Chopra, 2003, 148).

Assim, o estado mental de evitar sustentar pensamentos recursivos e, ao contrário, ter uma postura mais confiante diante da vida, sem dúvida é uma estratégia de buscar saúde e bem-estar, prevenindo desequilíbrios energéticos muitas vezes importantes.

A sugestão para transformar o hábito da preocupação em outro hábito saudável é preenchermos este espaço mental com ocupações. Não equivale a fugir do problema, mas tomar todas as providências necessárias e tratar, então sim, de fazer outras coisas. Quem sempre se ocupa com afazeres e pensamentos saudáveis não tem muito tempo para adoecer, sentir-se deprimido, abatido, desequilibrado. De modo geral, são pessoas que sabem melhor enfrentar e solucionar seus problemas quando, realmente, eles aparecem.

A preocupação obstrui o chakra umbilical, o principal chakra que se responsabiliza por nossa alegria de viver. Atua também sobre o chakra frontal.

Aplicações terapêuticas:

A sugestão terapêutica, além do aconselhamento para que o cliente comece a trabalhar mentalmente este princípio, é utilizar o mantra nas aplicações de Reiki. As posições que podem ser visadas com maior atenção são o chakra umbilical e o frontal, com o símbolo emocional e o da distância (caso se trate de preocupações trazidas do passado). Para os terapeutas que se utilizam das técnicas do Karuna Reiki®, o símbolo da paz e da tranqüilidade é o mais adequado e deve ser aplicado diretamente no chakra frontal. Se as preocupações estiverem ligadas a problemas de relacionamento, o símbolo do chakra cardíaco é conveniente. Este mesmo símbolo pode ser usado no sentido de desenvolvimento de bons hábitos, no caso, disciplina mental. O símbolo do mestre de Karuna pode ser aplicado no final da sessão, no chakra coronário. Para os praticantes de Gendai Reiki, Koki-Ho e Gyoshi-Ho podem ser aplicadas diretamente no chakra frontal.

1 de setembro de 2012
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Os Princípios do Reiki – Ikaru na (não se zangue)

Neste mês, continuaremos a publicação dos princípios do Reiki. Se  você gostaria de ler, antes, o artigo já postado no mês passado, sobre a introdução aos princípios, clique em:

http://www.portaldereiki.com.br/blog/2012/08/os-principios-do-reiki/

E depois volte para a leitura deste mês:

IKARU NA – Não se zangue

Sentimentos como a raiva têm sido considerados entre os mais maléficos à saúde e ao bem-estar do ser humano. Tem sido, no entanto, um dos sentimentos mais cultivados por nossa espécie e é, provavelmente, uma dos mais difíceis de ser combatido.

 Ninguém consegue sentir-se feliz enquanto prova o sentimento da raiva, mas é difícil evitá-la quando nossa vontade não é satisfeita. A irritação, a raiva, o ódio geralmente são respostas emocionais imediatas a nossos desejos não satisfeitos, necessidades não atendidas, ambições não conquistadas.

 O exercício a praticar em relação a este sentimento consiste em aprender a transformar essa energia, trabalhando-a de modo construtivo. Consiste em liberar as emoções, sem reprimir a raiva (pois apenas conseguiria bloquear a energia e não liberá-la), mas buscar transformá-la em sentimentos mais atenuantes como tolerância, paciência, compreensão dos fatos, aceitar as limitações do outro e cultivar sensações amorosas. A melhor via de reequilíbrio pode ser conseguida não pela repressão da raiva (que seria uma via impossível), mas por conseguir transformar esse sentimento em amor. Como afirma Chopra (2003, 233), “a essência da compaixão está em reconhecer como é difícil para alguém ser bom. Perdoar uma pessoa é deixá-la ser livre, mesmo quando ela abusa dessa liberdade além da exasperação”. Embora se apresente como uma tarefa hercúlea para quem cultiva esse sentimento por algum motivo, é bom lembrar que Shakespeare dizia que “guardar um ressentimento é como tomar um veneno e esperar que a outra pessoa morra.” De fato, sentir raiva faz mais mal a quem a sente do que ao destinatário deste sentimento.

 Para ilustrar como este sentimento pode ser contornado, citamos uma lenda japonesa, conhecida como sabedoria popular: conta-se que um velho e respeitadíssimo samurai vivia tranqüilo em uma pequena aldeia. Um dia, apareceu um novo samurai na região, buscando encontrar o velho sábio. Queria glória e fama e resolveu desafiar o velho para um duelo. O velho samurai aceitou e marcaram para o nascer do sol do dia seguinte. Os discípulos do velho samurai ficaram preocupadíssimos, pois seu mestre, com certeza não estava mais em condições de lutar. No dia seguinte, a aldeia se reuniu para ver o encontro dos dois samurais. Como reza a tradição, o desafiante precisa desonrar o desafiado para motivar a luta. Assim, o novo samurai ofendeu o velho, que não reagiu. Indignado, o novo samurai começou a aumentar o conteúdo de suas ofensas e fez isso durante horas, sem conseguir qualquer reação do velho. Enfurecido, o novo samurai chamou o velho de covarde e se retirou. Ninguém entendeu a postura do velho sábio e lhe perguntaram por que agira assim. O velho respondeu: “quando alguém bate a sua porta com um presente e não encontra você em casa, com quem fica o presente?” Responderam os discípulos: “Com quem o levou”. Disse o velho: “Assim, também, ocorre com a injúria… eu não estava ‘aqui’ para recebê-la.”

 Aplicações terapêuticas:

 O terapeuta pode trabalhar com seu cliente, usando este conto como exemplo, ou mesmo frases como a de Shakespeare, citada no texto.

 Os centros energéticos de aplicação para o tratamento de sentimentos como a raiva são o chakra cardíaco e o meridiano do coração, revitalizando a sede do sentimento amoroso. As aplicações de Reiki Ocidental podem ser feitas neste centro energético, com os símbolos do poder e o emocional; para os terapeutas formados em Jikiden Reiki, sugerimos a programação ensinada no nível Okuden; para os que aplicam Karuna Reiki®, indicamos o símbolo do centro cardíaco. Nas Técnicas Japonesas de Reiki, sugerimos Bushu-Chiryo-Ho, também no centro cardíaco e, nas costas, a aplicação da técnica Ketsueki-Kokan-Ho (Kekko) para liberação das energias e melhorar a qualidade energética da circulação sanguínea.

                                              

4 de agosto de 2012
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Os Princípios do Reiki

Os princípios do Reiki foram introduzidos, por Mikao Usui, como uma forma de incorporar um estado de espírito ao convívio cotidiano:

“Método secreto[1] para convidar a felicidade, o remédio maravilhoso para todas as doenças [2] do corpo e da alma: só por hoje 1. não se zangue; 2. não se preocupe; 3. seja grato; 4. cumpra o seu dever; 5. seja gentil com os outros. De manhã e à noite, sente-se na posição gassho e repita estas palavras em voz alta e em seu coração, para melhorar o corpo e a alma. Método de Reiki Usui, o fundador Mikao Usui.” (Petter, 2002)

Embora se apresente como uma filosofia de vida aos seguidores do Reiki, na verdade, esses princípios podem ajudar a qualquer pessoa e se apresentar como mais um instrumento terapêutico para o cliente. Conscientizá-lo de que a prática dos princípios poderá ajudá-lo em sua busca de aperfeiçoamento é introduzir mais um recurso terapêutico que o Reiki pode proporcionar, pois trabalha diretamente com a mente e a conscientização de que os estados mentais são importantes para o cuidado da saúde do corpo, da mente e do espírito.

Apesar das evidências cada vez maiores de que a mente comanda nosso equilíbrio interior, a consciência continua sendo uma energia pouco valorizada pela maioria das pessoas e também pela ciência ocidental, de modo geral (Chopra, 2003, 29). De qualquer modo, nota-se uma mudança, ainda que gradual do pensamento científico a esse respeito. Assim, por um lado, a ciência busca rever seus princípios fundadores, ao mesmo tempo que, com o fortalecimento cada vez maior da terapia holística como um modo de buscar a saúde e preservar a qualidade de vida, práticas como a meditação, respiração consciente e mentalizações têm, finalmente, ocupado um espaço importante nos tratamentos terapêuticos tanto holísticos, como da medicina tradicional.

A prática terapêutica que propomos neste artigo tem como ponto de referência, no que se refere à atuação terapêutica fundamentada no Reiki, os estudos que se baseiam nos principais centros energéticos (chakras e meridianos), como vias de tratamento visando à harmonia e ao equilíbrio interiores.

Levamos em consideração, para melhor compreensão do tema, uma composição baseada em um pilar de três bases: os centros energéticos, a mente e os princípios do Reiki.

Os centros energéticos (chakras e meridianos) são vias importantes de acesso do Reiki nos canais do nosso corpo energético.  Assim, utilizando os princípios do Reiki, como uma forma mental de harmonização e equilíbrio, podemos levar o cliente a uma postura de colaboração ativa, complementar às sessões de Reiki, ao mesmo tempo que o terapeuta atuará nos centros energéticos responsáveis por esses desequilíbrios.

Observamos, em nossa prática terapêutica, que a apresentação de princípios que tocam diretamente a mente e o espírito de nossos clientes surte efeito pontual e familiar. Ao conversarmos com eles, não apontamos falhas do sistema nervoso, do coração, do fígado, do pulmão, mas lhes mostramos como eles atuam através de suas próprias emoções prejudicando sua qualidade de vida. Em seguida, mostramos caminhos de luz, de vida, de harmonização e equilíbrio, princípios que, eles sabem, podem reger uma orquestra de sintonia com o bem-estar interior. Ao mesmo tempo que lhes mostramos os princípios do Reiki, indicamos formas de trabalharem com eles, facilitando, através da sessão terapêutica, o desabrochar de seu desenvolvimento.

Evidentemente, não apresentamos todos os princípios de uma só vez, mas atuamos de modo a ressaltar, inicialmente, os pontos fracos que se apresentam em seus cotidianos. Um cliente é, geralmente, mais intolerante, outro sente mais dificuldades com o trabalho e assim por diante. Atuamos inicialmente nas maiores dificuldades e, com o tempo, o cliente está exercitando os cinco princípios como meta de vida. Ao constatar que a lembrança desses procedimentos pode auxiliá-lo, muitos clientes passam a exercitá-los e passam a trazer, eles próprios, o resultado de seus esforços. Esta é a meta.

Os itens, a seguir, cuidam de descrever os princípios do Reiki, o trabalho mental que pode ser sugerido ao cliente e as práticas terapêuticas recomendadas para atuar, em cada caso.

Os princípios serão apresentados em romaji (que representam a pronúncia japonesa escrita em caracteres latinos) e traduzidos para o português. Isto porque, para o reikiano, a pronúncia em japonês conserva a energia do mantra em sua origem.

Na prática terapêutica, durante a sessão, freqüentemente, pronunciamos os princípios em japonês, como mantras, para atuar mais diretamente nos estados emocionais do cliente.

As postagens que comporão os artigos dos próximos meses se ocuparão de apresentar um princípio por mês.

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[1] Secreto é uma tradução próxima para o português do conceito de sagrado, infalível.

[2] Mantivemos as palavras remédio e doenças pois é citação do texto original.

26 de dezembro de 2011
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2011-2012

2011, ano de muitas diferenças, de tantas mudanças para a maioria dos meus amigos…

Vejo em cada um a superfície de um lago e imagino suas profundezas. Sorrisos amigos à tona, mas almas tão diferentemente vivenciadas, em suas profundezas.

Que os ensinamentos deste ano tenham trazido a cada um de nós:
O viço da alma,
A luz do espírito,
O sorriso interior.

Que nos tenham ensinado a desprezar:
a superficialidade nos encontros,
o egocentrismo,
o cômodo desfazer-se dos compromissos da alma.

Que 2012 floresça com a convicção de que seremos melhores, mais inteiros, mais preparados e capazes de usufruirmos do convívio que nos cerca, mais intimamente comprometidos com os desígnios de nosso espírito.

Que nossos olhares se voltem para as verdadeiras razões de nossa existência.

Brindemos a ele!
Que chegue cheio de novas e indescritíveis vivências;
Brindemos a nós,
desejando que estejamos preparados para sermos dignos desses novos dias.

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