Mensagem de Janeiro
Jamais haverá ano novo se continuarmos a copiar os erros dos anos velhos. (Luís de Camões)
Os Princípios do Reiki – Hito ni shinsetsu ni (seja gentil com os outros)
Ser gentil com os outros implica ser gentil com todos os seres vivos, ou seja, todas as formas de vida que se apresentam na natureza.
Sahtouris (2003, 189) observa que
“se concordarmos em considerar o comportamento humano ético como aquilo em que acreditamos sinceramente, que pode nos manter saudáveis para nós mesmos, para a nossa família, para a nossa espécie e saudáveis ou pelo menos inofensivos para as outras espécies, para o ambiente e para o nosso planeta, então teremos uma bússola.”
Ainda afirma a autora:
“Cuidar dos nossos próprios interesses requer que conheçamos os interesses de todo o nosso ambiente, que significa todo o nosso planeta vivo. As nossas escolhas livres, para atender aos nossos próprios interesses de longo prazo, têm de atender também aos das outras espécies, pois o comportamento ético natural é o que contribui para a saúde de todo o sistema (Terra)” (id.ib., 188)
Cuidar para que o respeito se estabeleça e se restabeleça é fator de primordial importância para o reequilíbrio de nosso planeta. A postura pessoal incide no respeito a nós mesmos e a todas as espécies vivas, ao nosso planeta como um todo. A gentileza é uma postura que pontua a sede do respeito, da consciência de si mesmo e do outro e deve se estender a todo o ambiente que nos cerca. Este procedimento gera uma energia de força e de amor que reverte para o bem de todo o ambiente e de nós mesmos.
No sentido mais sublime oriental, a gentileza é a manifestação mais concreta do amor e frequentemente é descrita até suas últimas conseqüências, como conta a história do sadhu indiano e do escorpião: um homem se depara com um sadhu debruçado numa valeta estendendo a mão para salvar um escorpião que começava a se afogar, mas é picado por ele. Novamente, o escorpião volta para a água e novamente é salvo, custando ao sadhu, nova picada. O homem vê isto acontecer várias vezes e não se contém, dirigindo-se ao velho sábio: “por que você continua a tentar salvá-lo e a se deixar picar?” Responde o sadhu: “nada posso fazer… é de sua natureza picar e é de minha natureza salvar” (Chopra, 2003, 233-234). A gentileza demonstrada pelo velho sadhu serve-nos como uma metáfora de comportamento. Se conseguirmos neutralidade suficiente para mantermos uma postura de gentileza, não nos deixaremos influenciar pelo ambiente que nos cerca, quando ele se mostrar hostil.
Há uma unidade natural do homem com a natureza e o Cosmos, pois todos somos frutos de uma mesma fonte criadora. Em última instância, todos somos irmãos. Somente no amor universal encontramos a verdadeira paz. Assim, o exercício que este princípio nos apresenta é a manifestação do respeito, da consideração e da bondade por todos os seres. O caminho da sabedoria nos propõe o amor incondicional. O centro energético e o meridiano do coração são a sede dessa manifestação.
Aplicações terapêuticas
Além do aconselhamento que estimule a prática da gentileza, o terapeuta reikiano poderá aplicar Reiki diretamente no chakra cardíaco, utilizando o símbolo do poder e o emocional. Para os praticantes de Karuna Reiki®, aconselhamos o símbolo que atua no equilíbrio dos relacionamentos e que desenvolve bons hábitos, aplicado também no coração. Em Gendai Reiki, destacamos a técnica Bushu-Chiryo-Ho diretamente no cardíaco.
Mensagem de Ano Novo – 2012-2013
Um novo ano evoca o término e o princípio cíclicos, que tanto caracterizam a caminhada humana.
Lembra-nos que não estamos aqui para nos acomodarmos ao que somos e “os outros que nos aceitem desse jeito mesmo”.
Não permite a estaticidade, convida ao dinamismo…
Por suas características, lembra-nos que estamos aqui, numa experiência de vida,
na qual a mudança de padrões e de princípios mostra-se como uma constante necessidade para a evolução de nosso espírito.
Enfim, vejo o Ano Novo como um mito que evoca renovação. Mostra-nos o quanto somos antigos o suficiente – pelos séculos que já vivemos – para sabermos que temos de aproveitar as experiências para sermos melhores. Ao mesmo tempo, mostra-nos o quanto somos novos – pelos séculos que faltam ser vividos – para sabermos que não podemos sentar sobre nossos valores e deixar que a vida passe, sem arredar pé dessa acomodação fácil, muitas vezes doentia.
A idade do mundo é a nossa história.
E nossos espíritos não devem estar “aprisionados” em nossas idades terrenas.
Não há desculpa para o descaso, o descanso, a acomodação.
Não há desculpa para dizer que passou a hora da constante busca do aperfeiçoamento interior.
É hora para uma boa cutucada no divino que há em nós.
É claro… para os que estão atentos a isso…
Mostra que o ciclo se renova, assim como as vidas a serem vividas…
É a hora, portanto, de não pensarmos apenas nos festejos, nas compras e nas ceias,
mas para pensarmos no deus que somos, no divino que representamos.
Hora de uma revisão de parâmetros interiores, de não cedermos ao convite fácil
à acomodação a padrões jamais revistos, estáticos, falidos, ao convite à estagnação, à conveniência do tradicionalmente estabelecido.
Isto posto, que venha o Champagne (!!!)
E que os fogos reflitam a luz de nossas almas!!!
Mensagem de dezembro
Uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certos de nossas certezas. (Paulo Freire)